Tecnologias de ponta, como a ddPCR, já permitem a detecção de diversas variantes do SARS-CoV-2, fornecendo o máximo da sensibilidade nas situações onde não se pode dar chance ao acaso
Os vírus podem desenvolver diversos mecanismos de evasão do sistema imunológico, como induzir proteínas supressoras do sistema imunológico, infectar ou destruir células do sistema imunológico, inibição da “percepção” da infecção pelas células do sistema imunológico, produção de inibidores de receptores e variabilidade antigênica. Isto permite que os vírus modifiquem suas moléculas ao ponto que o sistema imunológico do hospedeiro não as tenha mais como alvo. Assim, o vírus passa despercebido pelas defesas naturais do organismo.
É importante dizer que o vírus por si só não “decide” mudar suas moléculas. Algumas situações contribuem para estas variações antigênicas, como o surgimento de mutações. Estas mutações geram novas variantes do vírus, algumas com maior potencial de infecção, outras com maior taxa de replicação ou com menor imunogenicidade de suas moléculas. Em algumas situações, algumas variantes podem apresentar mais de uma característica derivada destas mutações.
Por isso há tanta preocupação e rastreamento das variantes do SARS-CoV-2. A cada infecção de uma nova célula, há possibilidade de mutação do vírus. Ou seja, na situação atual, onde há altas taxas de infecção, a chance de mutação é alta. Assim, podendo criar variantes com maior poder infeccioso, que escapem do sistema imunológico ou até não sejam afetadas pela vacina.
A primeira das variantes surgiu ao final de janeiro de 2020 no Reino Unido. Com a substituição D614G no gene da proteína Spike do vírus, esta variante tomou o lugar da linhagem original no cenário global. Em agosto surge uma variante dinamarquesa, esta é contida e não apresenta impacto global. No mês de dezembro, é descoberta outra variante no Reino Unido, a variante VOC 202012/01 apresentava ganho na transmissão e sem alterações na severidade. Ainda no mesmo mês, autoridades da África do Sul anunciam a detecção da variante 501Y.V2 e, ao final do ano de 2020, passou a ser detectada em outros países. Em janeiro de 2021, pesquisadores relatam uma nova variante detectada em amostras de 31 de dezembro em Manaus, Brasil. Esta nova linhagem, chamada P.1, apresenta maior transmissão, maior capacidade de evasão da imunidade adquirida de outras variantes e maior letalidade.
Com o passar do tempo, mais linhagens e variantes são originadas, trazendo preocupação em torno de possíveis evoluções do vírus que confiram maior resistências às vacinas atuais e maior taxas de transmissão e mortalidade.
Por isso, laboratórios, hospitais e empresas de tecnologia estão juntos no desenvolvimento de ensaios capazes de detectar tais variantes sem riscos de falsos-negativos, utilizando técnicas de ponta como a qPCR e a ddPCR. A Bio-Rad é uma das empresas empenhadas em desenvolver protocolos e ensaios à medida que novas variantes são descobertas, tanto para tecnologias ddPCR quanto qPCR.
A Bio-Rad Laboratórios é pioneira na tecnologia de ddPCR. Há mais de 10 anos aprimora a tecnologia e seus kits em seu centro de pesquisas dedicado à PCR Digital em Gotas (ddPCR). Também foi a primeira empresa a desenvolver o kit de detecção para SARS-CoV-2 utilizando a ddPCR, permitindo a redução de falsos-negativos encontrados nos diagnósticos por PCR em Tempo Real. Munindo pesquisadores de ferramentas que não darão chance ao acaso.
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Fonte: LabNetwork